No dia 5 de Setembro de 2011 em reunião com a comissão de greve, composta por professores e estudantes desta unidade, o magnífico reitor Carlos Calado apresentou uma proposta na qual ele assumiu o compromisso verbal de, entre outras coisas, destravar o concurso para professores efetivos junto ao governo do Estado a partir da realização do censo que seria realizado no intuito de se fazer o levantamento da real demanda de vagas existente nesta unidade.
No dia 12 de Setembro, a assembléia de estudantes decidiu o retorno às aulas, porém mantendo-se o Estado de greve, pois a contratação imediata de professores “convidados”, ou melhor, temporários não resolve nossos problemas que só podem ser solucionados de fato com a realização de concurso para professores efetivos. Por isto considerávamos importante a apresentação dos dados do censo como uma etapa para a formulação de um pedido de solicitação da abertura de concurso a ser encaminhado ao governo do Estado.
Definimos, em assembléia, que a partir desses dados era necessária uma nova conversa com o reitor onde buscaríamos uma proposta mais clara e consistente, com passos e datas definidas a fim de garantir que a solução do problema realmente ocorra durante o semestre em curso.
No dia 13 de setembro, como estava previsto, esteve presente na UPE – Campus Petrolina o magnífico REItor Carlos Calado. A comissão de estudantes tirada na assembléia do dia anterior tentou marcar com ele uma conversa depois da apresentação do censo a que ele se recusou de maneira grosseira dizendo que já havia se comprometido a resolver o problema e que, para tanto, nós devíamos “deixá-lo trabalhar”, em seguida nos deu as costas.
Em conversa com a Diretora da unidade, professora Socorro Ribeiro, solicitamos que a comissão acompanhasse a reunião do censo e ela concordou. Nos dirigimos à sala onde ocorreu a reunião e fomos surpreendidos pela noticia de que o REItor havia se oposto à nossa participação. Tentamos falar com ele e novamente fomos tratados de maneira grosseira, ele nos virou as costas entrou e trancou as portas, numa atitude comparável a de um rei absolutista como Luís XIV, que em hipótese alguma podia ter suas vontades contrariadas.
A situação foi tão inusitada que minutos depois vimos a diretora sair da sala e alguns professores que chegaram para a reunião, entre eles o coordenador de graduação e a coordenadora de pós-graduação e pesquisa, encontraram a porta trancada e também foram impedidos de entrar.
Ficamos sabendo posteriormente que nos dados apresentados a demanda de professores seria menor do que parece e que o problema seria resolvido em grande medida com redistribuição de carga horária entre os professores que compõem atualmente o quadro de efetivos desta unidade, que como temos presenciado na grande maioria dos casos já se encontram sobrecarregados de trabalho. Era este o deprimente discurso que o REItor pretendia nos enfiar goela abaixo, o que está em total consonância com as atitudes autoritárias tomadas anteriormente pelo REItor.
Nós estudantes da UPE – Campus Petrolina estamos indignados com a forma absurda pela qual fomos tratados, fomos excluídos da participação em um debate do qual somos os maiores interessados. Dessa forma é impossível que de fato se possa construir uma Universidade que pretende formar indivíduos com o papel de cumprir com a missão social de intervir na realidade que nos rodeia e que sejam capazes de modificá-las.
Gostaríamos ainda de nos solidarizar com todos os professores submetidos ao constrangimento daquela reunião a portas trancadas e, em particular, aqueles que foram impedidos de entrar, pois foram tratados com total desrespeito pelo REItor, professor como eles e que, portanto, é um colega de trabalho.
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